Com 10 mil uvas existentes, por que quase só tomamos Cabernet e Malbec?

  • 17/09/2024
(Foto: Reprodução)
Veja dicas para se arriscar no mundo dos vinhos sem correr o risco de se decepcionar Embora não haja dados certos sobre quais sejam as uvas mais consumidas no Brasil, há poucas dúvidas de que Cabernet Sauvignon e Malbec sejam os vinhos queridinhos dos brasileiros. Segundo a Organização Internacional do Vinho (OIV), cerca de 50% dos vinhos comercializados no Brasil provêm de Chile e Argentina, países onde dominam Cabernet Sauvignon e Malbec. Há algumas razões para isso. Além da indubitável qualidade, esses rótulos chegam ao mercado brasileiro com um excelente custo-benefício. A grande variedade de vinícolas e de estilos de rótulos também contribuíram ao longo das últimas décadas para que essas variedades caíssem no gosto nacional. Sem contar que, hoje, ao lado dos Malbecs argentinos “clássicos” – encorpados, amadeirados e frutados – têm surgidos Malbecs mais modernos, com menos madeira, mais aromas originais da fruta, corpo e teor alcóolico mais leves. O Chile também vem elevando a cada safra a qualidade de suas bebidas apostando em vinhos de terroir, isto é, que exaltam as características das regiões onde são produzidos, como as vinícolas Caliterra e Tabali, para citar duas empresas premiadas. Mesmo assim, é uma pena não explorar a riqueza do universo do vinho. Segundo a renomada crítica britânica Jancis Robinson, existem cerca de 10 mil uvas no mundo. Em seu aclamado livro Wine Grapes, uma verdadeira Bíblia do setor, ela catalogou 1.368 uvas. A Itália é o país com mais cepas catalogadas pela especialista (377), seguido por França (204), Espanha (84), Grécia e Portugal com 77 cada. Ou seja, há muita uva para experimentar, conhecer e se apaixonar. Mudar os hábitos e comprar rótulos que não conhecemos, porém, pode não ser tão fácil. Afinal ninguém gosta de gastar dinheiro com alguma bebida que, eventualmente, pode decepcionar. A boa notícia é que hoje é cada vez mais fácil encontrar boas garrafas no mercado. A evolução das técnicas enológicas e o conhecimento científico transformaram até vinhos mais simples em bebidas muito agradáveis. É por isso que estamos vivendo a época de ouro do vinho, em que nunca tivemos acesso a rótulos tão bons por preços tão atrativos. Fora que existem formas para fazer a transição para outras uvas, sem correr o risco de frustrações. Por exemplo, é possível escolher cepas que possuem características comuns com as que já conhecemos e apreciamos. Se você ama Pinot Noir, a portuguesa Baga com certeza será uma bela surpresa. Assim como a branca portuguesa Encruzado que produz vinhos de alta qualidade, estrutura e com potencial de envelhecimento que lembram os grandes brancos da Borgonha. E ainda saem por uma fração dos preços dos rótulos franceses. O vinho é também uma forma de viajar pelo mundo sem sair de casa. Você pode desbravar o pouco conhecido Abruzzo, região do centro da Itália, ao degustar goles de Montepulciano d’Abruzzo ou da Alemanha ao tomar os fantásticos brancos elaborados com a uva Riesling. Não se engane: hoje em dia não é mais preciso gastar muito para tomar vinhos europeus. A linha italiana Corbelli, por exemplo, tem preços muito acessíveis. Assim como a alemã Oscar Haussmann com seus belos rótulos. Por nossa sorte, para expandir nosso paladar além de Cabernet Sauvignon e Malbec, não faltam opções para todos os bolsos e gostos. BEBA MENOS, BEBA MELHOR.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/parana/especial-publicitario/porto-a-porto/guia-do-vinho-e-da-gastronomia/noticia/2024/09/17/com-10-mil-uvas-existentes-por-que-quase-so-tomamos-cabernet-e-malbec.ghtml


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